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Intenção de Consumo das Famílias paraenses apresenta variação positiva em novembro

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Intenção de Consumo das Famílias paraenses apresenta variação positiva em novembro

27/11/2018 09:54:20

Segundo a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF - Fecomércio PA/CNC), em novembro de 2018 os paraenses registraram pequena variação positiva (0,5%) quanto a propensão ao consumo, em relação ao mês de outubro de 2018, o que significa um aumento na intenção de consumo para o mês seguinte. Na média do Brasil, essa a variação do ICF foi de 1,2%. Já o índice geral ficou em 87,6 pontos. O índice ICF do Pará ficou em 70,7 pontos, demonstrando que a maioria dos consumidores estão insatisfeitos com as suas condições para adquirir produtos e serviços no nível que desejam.

Isso é exemplificado pelos subíndices que compõem o cálculo do ICF, como consumo atual (-1,3%), o emprego atual (-2,4%) e momento para compras de bens duráveis (-6,8%), que registraram variações negativas. Por outro lado, a variação positiva do ICF foi influenciada pelos subíndices, como a perspectiva de consumo (2,2%), renda (3,2%), acesso ao crédito (2,7%), perspectiva profissional (4,6%), que apresentaram evoluções positivas. Esses dados podem ser um indicativo de esperança quanto a melhorias nesses aspectos para o próximo ano.

Na metodologia do ICF, o índice varia de 0 a 200 pontos, sendo que até 100 indica uma percepção de insatisfação do consumidor e acima de 100 indica grau de satisfação em termos de capacidade de consumo, emprego e renda. 200 seria o grau máximo de satisfação do consumidor.

O subíndice perspectiva de consumo, com crescimento de 2,2%, entre outros fatores, é decorrente da  proximidade do final do ano, com aumento nas compras natalinas e preparativos para os festejos do ano novo, recebimento do 13° salário e, ainda, para os que recebem o PIS, também uma renda extra que é direcionada para consumo. Embora ainda com nível de incerteza quanto ao futuro da economia e a manutenção dos empregos e salários, os consumidores tradicionalmente aumentam a demanda nesta época e, este ano, a perspectiva é de incremento em relação ao ano de 2017. Quase um terço, 25,5% informaram que pretendem comprar mais este ano do que o ano passado e 27,8% disseram que irão comprar a mesma coisa.

No caso da renda, a variação de 3,2% reflete, mesmo que ainda tímida, a  recuperação dos indicadores macroeconômicos, inseridas as expectativas de crescimento do PIB nacional e da produção e das vendas tanto local quanto na média do Brasil, que influenciam e geram otimismos no consumidor com relação a melhoria nas perspectivas das rendas das famílias e de aumento no emprego.

Para a Fecomércio PA, no computo geral do ano de 2018, a expectativa das vendas do comércio para o ano é de desempenho positivo, mas em magnitude em torno de 5% a 6% sobre o ano de 2017. Fatores como a baixa capacidade de crescimento da economia nacional que não impulsionaram o nível de emprego no grau possível de reduzir significativamente a taxa de desemprego, o alto nível de endividamento das famílias em conjunto com todas as indefinições e incertezas vividas em um ano  eleitoral difícil como o de  2018, impactaram o nível de confiança do setor empresarial e amorteceram os  investimentos, logo, comprometeram uma evolução mais sustentada dos setores produtivos, inclusive do comércio. Embora os resultados do desempenho da economia em 2018, sob análise de diversos indicadores macroeconômicos, serão melhores que os desempenho dos últimos anos, sobretudo do ano de 2016.

Texto: Lúcia Cristina Lisboa / Assessora Econômica

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