cnc
sesc
senac

Endividamento dos paraenses registra a maior taxa do ano em agosto

Home / Notícias / Endividamento dos paraenses registra a maior taxa do ano em agosto

Endividamento dos paraenses registra a maior taxa do ano em agosto

05/09/2019 11:05:55

A última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC -Fecomércio PA/CNC) registrou em agosto de 2019, a maior taxa de endividados do ano. No mês em análise, 58,6% dos consumidores paraenses possuem dívidas. No Brasil, esse percentual alcança 63,6% dos consumidores. Essa taxa de 58,6% de endividamento é decorrente das compras ou dívidas contraídas anteriormente para pagamento parcelado. A maioria das compras são realizadas no cartão de crédito (78,9%), crédito pessoal (16,6%), carnês (6,9%), crédito consignado (5,3%), cheque especial (3,7%), financiamentos de carro, casa, etc.

Na análise por faixa de renda, os que detém rendimentos acima de 10 salários mínimos possuem uma taxa de endividamento maior (74,6%) do que os que possuem rendimentos abaixo de 10 salários mínimos (56,4%). Isso se deve, em parte, a maior facilidade de acesso ao crédito, diversificação de modalidades de financiamentos, renegociação de dívidas por parte das famílias com rendimentos mais elevados.

Quanto à inadimplência, na comparação com o primeiro mês do ano, houve redução no percentual dos que estavam inadimplentes (de 27,4% em janeiro para 19,8% em agosto) e também dos que informaram não possuir condições de quitar a dívida no mês seguinte (14,9% em janeiro de 2019 e 11,8% agosto de 2019). Apesar de ser um percentual elevado de contas atrasadas, cuja média de atraso em agosto foi de 74 dias, os consumidores que se situam na faixa de renda inferior a 10 salários mínimos apresentaram a taxa mais elevada de inadimplência (20,4%); acima de 10 salários mínimos a taxa para este indicador ficou em 10,5 %. 

Observou-se que por pelo menos 4 meses os consumidores terão que destinar 23,1% de seus orçamentos para pagamento das dívidas efetuadas anteriormente. Todavia, esse percentual é menor do que haviam comprometido em janeiro de 2019 (28,2%) e ainda permanece dentro da faixa prudencial.  É necessário atentar para o controle e acompanhamento do endividamento e sempre que fizer novas dívidas, registrar na contabilidade pessoal, somar as parcelas  já existentes para não comprometer acima de 30% do salário mensal, evitando dificultar o pagamento, o que pode incorrer em inadimplência, engessar a capacidade de realizar novas compras e pagar mais juros, pois quanto mais parcelas maior a incidência de juros e, ao pagar em atraso, ainda tem as penalidades sobre o valor original, com mais juros e multas.

Texto: Lúcia Cristina Lisboa / Assessoria Econômica

Galeria de imagens