Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) realizada pela Fecomércio PA/CNC, registrou percentual de 54,6% de consumidores endividados no mês de outubro. No mês de setembro o endividamento registrou percentual de 54,2%, o que demonstra certa estabilidade no nível de endividados no estado do Pará. Já o percentual de inadimplentes apresentou pequena alteração, com 28,1% no mês de setembro e 28,9% no mês de outubro.
Houve aumento na comparação da taxa de endividamento anual, passando de 39,90% para 54,6%, reflexo do aumento das compras parceladas. Por outro lado, a inadimplência dos paraenses diminuiu na comparação anual, passando de 35,60% em outubro de 2017, para 28,1% em outubro de 2018. A taxa de endividamento (54,6%) ficou abaixo da média nacional (60,7%), mas a inadimplência foi superior à média das capitais brasileiras, sendo 28,1% a taxa de contas atrasadas local e 23,5% a nacional. A taxa dos que indicaram que também não quitariam as parcelas atrasadas em 30 dias, foi significativamente superior à média nacional: 15% contra 9,9%.
Por outro lado, a inadimplência é mais elevada dentre os de menor poder aquisitivo, tanto nos com contas atrasadas, quanto os que informaram que não teriam condições de quitar as dívidas no mês seguinte e que, portanto, permaneceriam inadimplentes. A pesquisa revelou que dentre os endividados, 29,30% com faixa salarial até 10 salários mínimos estavam com contas em atraso e destes 15,9% não conseguiriam colocar as dívidas em dia nos próximos meses. Já as famílias com renda acima de 10 salários mínimos, os indicadores registraram 14,9% inadimplentes e 6,9% continuariam com atraso nas contas.
Dentre os principais tipos de dívidas, para as familia na faixa salarial de mais de 10 salários minimos, as maiores frequências são com cartão de crédito (90,6%), seguido de crédito pessoal (24,5%) e financiamento de carro (22,6%), carnês (13,2%), cheque especial (9,4%), financiamento de casa (7,5%), crédito consignado (7,5%). Já os consumidores com rendimentos até 10 salários mínimos, as dívidas estão mais concentradas também em cartão de crédito (84,9%), porém em segundo lugar carnês (13,5%) e crédito pessoal (11,3%), seguido de crédito consginado (8,3%) e financiamento de carro (4,2%).