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Intenção de Consumo das Famílias paraenses aumenta 15,42%

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Intenção de Consumo das Famílias paraenses aumenta 15,42%

07/03/2018 11:19:26

No mês de fevereiro de 2018, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) – pesquisa elaborada pela Fecomércio-PA/CNC - chegou a 89,8 pontos. Em comparação com fevereiro de 2017, o resultado teve uma alta de 15,42%, quando o ICF registrou 77,8 pontos. O resultado demonstra a tendência dos consumidores paraenses de comprar mais nos meses seguintes a fevereiro do que compraram em fevereiro de 2017. Embora na comparação do índice de fevereiro com janeiro de 2018 tenha havido variação negativa de -0,4%, na pesquisa realizada em fevereiro de 2018, 60,3% dos consumidores disseram que para os próximos meses o seu consumo e de sua família tende a ser maior do que no segundo semestre do ano passado.

O ICF é medido mensalmente e varia de 0 a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo. Dessa forma, observamos que a Intenção de Consumo das Famílias ainda está em um patamar de insatisfação (89,8 pontos), porém, com evolução positiva. Todavia, alcançar a satisfação quanto as possibilidades de consumo em consonância com o que almeja, depende do perfil dos consumidores, das condições de vida, renda, poder aquisitivo, nível de emprego, de endividamento atual e de profundas mudanças na política econômica nacional.

Dos sete itens que compõem o ICF, seis apresentaram evolução em relação à situação registrada em fevereiro de 2017, com exceção da avaliação da renda atual, com destaque para compras a prazo com variação anual de 40%, resultado da influência da redução da taxa de juros Selic sobre as demais taxas cobradas no mercado, as quais, embora ainda elevadas, possuem taxa média inferior às praticadas nos últimos anos. Esses fatores contribuem para incentivar o consumo.

O índice que mede a satisfação com o emprego atual registrou 169,2 pontos, resultado considerado satisfatório, com um aumento de 23,59% quando comparado a 2017, quando o índice foi de 136,9 pontos. Essa evolução significa que apesar do elevado nível de desemprego no início de 2017, os consumidores estavam mais inseguros por conta das 39.950 demissões no emprego formal que haviam ocorrido em 2016 (dados da RAIS/MTE). Em 2017, apesar do saldo negativo no Pará de -7.412 entre admitidos e desligados, as demissões ocorreram em magnitudes bem inferiores e a tendência é de recuperação do emprego. Na pesquisa no mês de fevereiro de 2017, 79,6% disseram estar mais seguros em seus empregos do que estava no mesmo período do ano passado. 

A insatisfação com a renda permanece, o índice está bem abaixo dos 100 pontos. Em fevereiro de 2018 o índice foi de 52,6 pontos e no mesmo mês do ano anterior era de 54,9, ou seja, houve decréscimo quanto à avaliação que os consumidores fazem sobre o nível de renda.

Embora os preços, na média, tenham se mantido mais estáveis e nesse início do ano a inflação se mantenha sob controle (IPCA/IBGE-Janeiro), isso não é suficiente para elevar em grande medida o poder aquisitivo da população e sem política que efetivamente propicie um aumento real na renda, associado ao baixo nível de emprego, o fator renda disponível tem sido limitador para ampliação em grande escala do consumo. Nesse sentido, os resultados da pesquisa indicaram que 61,6% consideram que atualmente, em comparação ao mesmo período do ano passado, a renda familiar está pior e 22,8% igual ao ano passado. Para 14,3% houve incremento na renda.  De todo modo, inflação mais baixa motiva e estimula o consumo, mas não alavanca em alta magnitude.

Lúcia Cristina Lisboa / Assessoria Econômica

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